O que fazer para evitar preocupações após uma construção

Obras são caras e complexas. Desde o planejamento à conclusão, é preciso passar por várias etapas e contar com um time de profissionais qualificados para que ocorra tudo bem.

Em meio à grande carga de trabalho que elas implicam, há quem menospreze uma etapa fundamental: o planejamento.

Sua grande importância vem do fato de que é nela que são analisados e estabelecidos alguns critérios essenciais para a realização do projeto, tais como:

  • Orçamento;
  • Características do terreno;
  • Materiais usados;
  • Mão de obra necessária.

Todos eles devem ser vistos e revistos com cuidado. Afinal, uma obra mal planejada pode render problemas anos após sua conclusão.

Confira algumas medidas que ajudam a evitar preocupações e retrabalhos após a finalização de seu projeto.

Realize um levantamento topográfico completo

As características do terreno têm muita influência sobre a obra a ser realizada nele.

Dependendo de fatores como tipo de solo, inclinação e altura, podem ser necessários procedimentos distintos para garantir segurança e estabilidade à edificação.

Portanto, nunca se deve abrir mão de um levantamento topográfico planimétrico e altimétrico.

Neste procedimento, um engenheiro usa um equipamento, chamado topógrafo (ou uma versão mais moderna, a estação total) para coletar informações a respeito do relevo do local.

Assim, ele dispõe de mais dados para tomar decisões a respeito da estrutura do imóvel.

Imóveis rurais precisam de georreferenciamento

Construções em zonas rurais têm uma série de especificidades.

Uma delas é a necessidade de realizar o georreferenciamento: trata-se de um procedimento cujo objetivo é não somente levantar a área total do terreno.

Como, também, verificar sua posição geográfica, certificando-se de que ele não adentra os limites de terras pertencentes a outro proprietário.

É interessante fazê-lo antes de iniciar uma obra no local pois, sem estes dados, não é possível vender, doar nem fazer a partilha da terra.

Esta exigência tem, inclusive, fundamento jurídico: a lei 10.267/01 e os decretos 4.449/02 e 5.570/05 são responsáveis por disciplinar esta matéria.

Do mesmo modo, a realização deste procedimento deve seguir as especificações do poder público.

Neste caso, a norma a ser respeitada foi publicada pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), em 2013.

Um dos requisitos é que os dados sejam remetidos ao órgão após a conclusão do levantamento de dados.

Fazer o aterramento elétrico da maneira correta

Problemas elétricos podem ser uma grande fonte de problemas em qualquer imóvel.

Eles podem gerar desde pequenos contratempos, como curto-circuitos, até grandes problemas, como incêndios.

Além disso, há o agravante de que a fiação elétrica costuma estar em locais de difícil acesso, como as paredes ou o subsolo.

Assim, manutenções e reparos mais extensivos podem exigir medidas bastante invasivas para serem realizados.

Felizmente, tais problemas podem ser prevenidos ainda na fase de planejamento e construção: um eletricista pode fazer um projeto elétrico seguro e bem elaborado, que durará por anos e não exporá o imóvel a riscos.

Nessa fase, também é interessante tomar medidas no sentido de fazer com que a corrente elétrica, que flui pela edificação, seja estável.

Isso evita sobrecargas de energia no sistema, o que, por sua vez, protege os circuitos de equipamentos mais delicados conectados à rede.

Portanto, é essencial que o aterramento eletrico seja feito da maneira correta.

Neste procedimento, usa-se uma viga, normalmente fincada na terra, com um componente cuja função é reduzir as variações de tensão de um circuito elétrico.

Funcionando como uma espécie de filtro contra as “fugas” de energia de aparelhos conectados à rede.

Novamente, é preciso contar com um profissional qualificado para obter melhores resultados.

Buscar reduzir o impacto ambiental

A sustentabilidade é um assunto que está em voga em praticamente todos os setores econômicos, inclusive a engenharia civil.

No Brasil e mundo afora, profissionais da área repensam suas rotinas de trabalho, para evitar que seus projetos causem um impacto ambiental negativo.

Já construções mais antigas podem exigir adaptações, como o direcionamento do esgoto para a canalização correta ou a retirada de materiais nocivos, como o amianto.

Para evitar este tipo de retrabalho, vale a pena contar com um profissional da engenheira ambiental entre os responsáveis pela construção: ele pode fazer a análise de impacto em tempo real, sugerindo estratégias para reduzi-lo.

Caso contrário, a construção pode apresentar problemas ambientes que darão muito trabalho para sanar mais adiante.

Assim, provavelmente será necessário contratar profissionais especializados que possam fazer uma análise do cenário, como empresas de remediação ambiental.